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Insper: o que mais cai e como se preparar

O vestibular do Insper – Banca VUNESP – é conhecido por cobrar muito mais do que memorização. A prova de Linguagens e Redação avalia leitura crítica, domínio da norma-padrão, argumentação consistente e, sobretudo, interpretação contextualizada.

De acordo com o conteúdo programático oficial, o candidato precisa dominar:

  • Funcionamento social da língua: variação linguística, adequação entre fala e escrita, registros formais e informais.
  • Morfossintaxe: classes de palavras, processos de formação, flexões e regências.
  • Processos sintático-semânticos: coordenação, subordinação, uso de conectivos e figuras de linguagem.
  • Compreensão e produção textual: leitura de textos multimodais (impressos, digitais, visuais), coesão, coerência e intertextualidade.
  • Literatura brasileira e portuguesa: do Trovadorismo ao Pós-Modernismo, com análise de estilos e contexto histórico-cultural.
  • Literaturas africanas e indígenas em língua portuguesa: diversidade de vozes e representatividade.

A proposta de redação exige um texto dissertativo-argumentativo claro, bem estruturado e com posicionamento explícito.

Adendo essencial: o que a VUNESP realmente avalia

Como o Insper utiliza integralmente os critérios oficiais da VUNESP, entender esta metodologia é fundamental para não perder pontos por deslizes simples.

A VUNESP avalia quatro grandes eixos:

  1. A) Proposta de redação e atendimento ao tema

O candidato precisa compreender plenamente:

  • a frase temática;
  • os textos motivadores;
  • o recorte proposto pela banca.

Erros que derrubam nota:

  • falta de posicionamento;
  • cópia dos textos motivadores;
  • ideias contraditórias;
  • falta de autonomia;
  • conclusões que não decorrem dos argumentos.

Atenção: fuga ao tema, gênero inadequado ou recusa explícita à proposta zeram a prova.

  1. B) Coerência, progressão de ideias e repertório

A banca observa:

  • pertinência e produtividade do repertório;
  • encadeamento lógico;
  • desenvolvimento satisfatório dos argumentos.

Resumo do critério: ideias superficiais, mal conectadas ou repertório “decorado” derrubam a nota, já que isso é exatamente o contrário do que o Insper espera.

  1. C) Língua (norma-padrão, registro e correção)

Avalia-se:

  • concordância verbal e nominal;
  • regência;
  • ortografia e acentuação;
  • precisão vocabular;
  • pontuação.

Erros acumulados reduzem significativamente a nota.

  1. D) Coesão (conectivos e organização interna)

A banca verifica:

  • uso adequado de recursos coesivos;
  • clareza nas relações entre períodos e parágrafos;
  • divisão coerente dos parágrafos.

Parágrafos muito longos, muito curtos, repetições ou excesso de conectivos são penalizados.

Situações que zeram a redação (segundo a VUNESP)

A redação será anulada se:

  • houver identificação do candidato;
  • for escrita em outra língua;
  • apresentar letra ilegível;
  • tiver menos de 7 linhas;
  • copiar predominantemente a coletânea;
  • for igual ou muito semelhante à de outro candidato;
  • apresentar tom jocoso ou ofensivo.

Por que isso importa para quem vai prestar o Insper?

Porque o Insper exige exatamente:

  • autoria real, e não texto decorado;
  • capacidade intelectual própria, não reprodução mecânica;
  • leitura crítica da proposta;
  • argumentação completa, profunda e coerente.

Ou seja: a superficialidade não passa. A cópia da coletânea não passa. A fórmula pronta não passa.

O candidato precisa construir um ponto de vista próprio, com repertório produtivo e bem articulado ao tema.

A banca valoriza:

  • clareza e coerência argumentativa;
    • domínio da norma culta;
    • uso adequado de conectivos;
    • repertório relevante e aplicado ao argumento (não apenas citado).

Como se preparar para as provas de Linguagens e Redação do Insper

A prova é feita para quem sabe ler o mundo com profundidade. A preparação precisa ir além da gramática.

  1. Leia com propósito: priorize textos jornalísticos, ensaios e literatura contemporânea.
  2. Analise argumentações: entenda como os autores estruturam suas ideias.
  3. Escreva com frequência: pratique dissertações sobre temas atuais e revise seus textos com base nos critérios da banca.
  4. Revise fundamentos gramaticais: coesão, concordâncias, pronomes e regências continuam sendo decisivos.
  5. Amplie o repertório sociocultural: relacione autores e obras com debates contemporâneos sobre tecnologia, política, ética e diversidade.

Veja aqui nosso Guia de Repertórios Atuais.

Para se saírem bem, os alunos precisam analisar textos de diferentes gêneros, reconhecer as intenções discursivas, identificar recursos argumentativos e transformar conhecimento em leitura de qualidade.

Essa é a base que levará cada aluno a ir além do conteúdo, desenvolvendo visão crítica, maturidade intelectual e confiança para encarar qualquer banca, inclusive o Insper/VUNESP.

Quer dar o próximo passo na sua preparação?

Leia o artigo “Dicas para produção de um texto com qualidade”  e descubra como aprimorar sua escrita para alcançar o desempenho que o Insper – e as grandes bancas – esperam de você.

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