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A prova de Linguagens do ENEM 2025, aplicada em 09 de novembro, deixou claro: passou o tempo em que interpretar texto era apenas localizar informação. O exame trouxe desafios que exigiram muito mais do que memorização – leitura ativa, repertório cultural, análise crítica e sensibilidade social.

Textos longos (incluindo um que serviu de base para cinco questões, algo inédito), leitura de múltiplos gêneros e um tema de redação que exigia maturidade argumentativa reforçaram que o ENEM segue valorizando competências profundas: interpretar, relacionar, analisar e argumentar.
Competências que, aliás, vão muito além do conteúdo tradicional de sala de aula.

O que mudou na prova de Linguagens

A Cartilha do Participante 2025 já indicava que o foco do exame seria a compreensão ativa da linguagem. E a prova confirmou:

1. Leitura multimodal como protagonista

As questões envolveram interpretação de imagens, memes, tirinhas, anúncios e composições visuais diversas.

Não bastava entender o texto: era preciso relacionar linguagem verbal, visual e cultural.

2. Menos textos curtos, mais profundidade de análise

Houve uma redução de fragmentos curtos e maior uso de textos densos, com um caso inédito de um único texto servindo de base para várias questões.
Isso exigiu foco, resistência de leitura e autonomia interpretativa.

3. Diversidade cultural, linguística e tecnológica em evidência

A prova cobrou variações linguísticas, manifestações culturais afro-indígenas, linguagem digital, gêneros midiáticos e reflexões sobre tecnologias e redes sociais.

A redação de 2025: sensibilidade e repertório crítico

Com o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, os candidatos precisaram articular:

  • dados sociais
  • leituras culturais
  • debates sobre políticas públicas
  • sensibilidade diante da condição do idoso

O texto exigia reflexão sobre como o Brasil enxerga o envelhecimento, suas desigualdades e os caminhos possíveis para garantir dignidade a essa população, que cresce ano após ano.

Quem leu, interpretou e conectou referências de forma crítica teve vantagem — e isso confirma a direção pedagógica que o ENEM tem tomado: menos fórmula, mais pensamento.

Uma crítica necessária: o abismo entre o que se cobra e o que se ensina

Apesar da relevância do ENEM como instrumento de democratização do acesso ao ensino superior, há uma contradição evidente: a maioria dos estudantes da rede pública não recebe uma formação que os prepare para esse nível de leitura crítica e argumentativa.

Enquanto o exame exige:

  • interpretação profunda,
  • repertório sociocultural,
  • análise comparativa,
  • domínio de gêneros e linguagens diversas,
  • escrita autoral e reflexiva,

muitas escolas ainda enfrentam:

  • falta de formação continuada para professores,
  • excesso de conteúdo mecânico,
  • escassez de práticas reais de leitura,
  • materiais insuficientes,
  • turmas superlotadas,
  • falta crônica de docentes.

O problema não é o ENEM, mas a distância entre o ideal que ele propõe e a realidade do sistema educacional brasileiro.

Aqui entra o papel essencial do professor com visão ampla, preparo sólido e consciência do tempo presente – alguém que entende que ensinar leitura é ensinar a pensar.

Como fazemos isso na Tudo de Texto

Aqui, na Crís Oliveira – Tudo de Texto, nosso foco nunca foi apenas “ensinar redação”.
Nosso compromisso é formar leitores do mundo.

O percurso é sempre o mesmo:

  1. Interpretação profunda
    O aluno aprende a ler textos, imagens, contextos, ideias – e não apenas decodificar frases.
  2. Construção de repertório sólido
    Obra literária, atualidade, sociologia, filosofia, dados, artes, cinema, cultura digital: tudo vira ferramenta argumentativa.
  3. Produção autoral e consistente
    Cada texto é escrito a quatro mãos, guiado, revisado e reescrito com criticidade e estratégia.

Porque escrever bem não é seguir uma fórmula:
é compreender, pensar, relacionar e expressar-se com clareza.

Esse é o diferencial que transforma a redação do ENEM em oportunidade — não em obrigação.

Como o aluno deve estruturar a redação do ENEM

O formato permanece o mesmo, mas o olhar precisa ser sofisticado:

1. Introdução

Apresente o tema e formule uma tese clara que responda ao problema proposto.

2. Desenvolvimento (D1 e D2)

Dois parágrafos com argumentos sólidos, repertório legitimado (conforme as normas do ENEM), exemplos precisos e progressão lógico-argumentativa.

3. Conclusão

Proposta de intervenção completa, com cinco elementos:

  • agente;
  • ação;
  • meio 
  • detalhamento;
  • finalidade.

A Cris sempre reforça:

A redação do ENEM não é mais um molde engessado – é um exercício de pensamento. Quanto mais autoral e fundamentado o texto, melhor.

Quer entender como os textos motivadores deveriam ter sido interpretados?

👉 Assista ao vídeo completo em que comentamos a interpretação ideal da prova de redação do ENEM 2025:

Conclusão

O ENEM 2025 mostrou, mais uma vez, que decorar conteúdo não basta.
É preciso compreender, refletir, articular ideias e argumentar com profundidade.

Enquanto o sistema educacional brasileiro ainda avança lentamente em direção a esse modelo, os estudantes que buscam formação crítica e repertório consistente têm mais chances de se destacar.

E é exatamente isso que fazemos aqui:
ensinamos o aluno a ler o mundo para, então, escrever sobre ele.

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