Fuvest 2026: tudo o que você precisa saber sobre as obras obrigatórias!
Por que conhecer as obras obrigatórias da Fuvest é essencial
A Fuvest 2026 traz uma lista poderosa e inédita em diversidade, com nove obras escritas por mulheres. Ler cada uma delas é mais do que cumprir uma obrigação: é mergulhar em diferentes tempos, vozes e olhares sobre o mundo.
Para quem vai prestar a Fuvest 2026, dominar essas leituras é um diferencial tanto na interpretação de texto quanto na hora de elaborar a redação, já que a prova exige leitura crítica, repertório cultural e domínio de diferentes gêneros textuais.
Na redação, o candidato precisa articular ideias, referências e posicionamentos em um texto dissertativo-argumentativo, com clareza, autoria e repertório. Por isso, entender como cada obra dialoga com temas sociais, históricos e humanos é o primeiro passo para produzir textos consistentes e criativos.
A seguir, você vai conhecer cada autora, um resumo da obra e sugestões de conexões com temas atuais de redação.
1- Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
Pioneira do feminismo no Brasil, Nísia Floresta escreveu Opúsculo Humanitário como um manifesto em defesa da educação feminina e da igualdade de direitos entre homens e mulheres, ideias revolucionárias para o século XIX.
Temas principais: desigualdade de gênero, papel da mulher na sociedade, emancipação intelectual e importância da educação de forma igualitária para independência e emancipação.
Como conectar com a redação: serve de repertório para temas como machismo estrutural, educação libertadora e inclusão de mulheres na ciência e na política. Use Nísia para mostrar como a luta por equidade é histórica e ainda presente no Brasil.
Gênero textual: ensaístico e argumentativo, ideal para perceber como estruturar ideias com clareza, algo que inspira a redação Fuvest.
2- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
Primeira mulher a publicar um livro de poemas no Brasil, Narcisa Amália mistura lirismo e crítica social em Nebulosas. A autora aborda a condição feminina, a marginalização das mulheres escritoras e reflexões sobre a liberdade de expressão.
Temas principais: sensibilidade feminina, liberdade, injustiça social, poesia engajada.
Como conectar com a redação: pode aparecer em temas sobre representatividade feminina, expressão artística como forma de resistência ou voz das mulheres na literatura e na sociedade. Citar Narcisa é uma ótima forma de unir literatura, arte e crítica social na sua argumentação.
Gênero textual: poesia lírica, ótimo para treinar leitura interpretativa e análise de recursos expressivos, especialmente relacionados ao Romantismo.
3- Memórias de Martha (1899) – Julia Lopes de Almeida
Julia Lopes de Almeida foi uma das primeiras romancistas brasileiras a retratar com profundidade o universo das mulheres urbanas no século XIX. Em Memórias de Martha, ela expõe as contradições da vida feminina e os conflitos entre o amor, o dever e a autonomia.
Temas principais: casamento, liberdade, papéis sociais, hipocrisia burguesa.
Como conectar com a redação: excelente repertório para discutir papéis de gênero, autonomia feminina e pressões sociais sobre as mulheres. Julia mostra como as estruturas patriarcais moldam comportamentos, uma ponte direta para temas de ética e cidadania.
Gênero textual: romance psicológico, perfeito para desenvolver argumentos sobre comportamento humano e crítica social.
4- Caminho de Pedras (1937) – Rachel de Queiroz
Em Caminho de Pedras, Rachel de Queiroz apresenta o dilema de uma mulher que busca independência em meio a um Brasil conservador e desigual. É uma obra sobre ruptura, coragem e resistência feminina.
Temas principais: emancipação, contradições morais, luta de classes.
Como conectar com a redação: relaciona-se a temas de empoderamento, transformações sociais e direitos trabalhistas. Rachel traz o olhar crítico e humano da mulher nordestina diante das desigualdades e isso é perfeito para contextualizar debates sociais e políticos.
Gênero textual: romance regional e de formação, traz elementos narrativos e reflexivos que ajudam a construir repertório argumentativo.
5- O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
A poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner une espiritualidade, ética e estética em O Cristo Cigano. Sua escrita reflete sobre justiça, compaixão e a busca por sentido em um mundo marcado pela exclusão.
Temas principais: fé, desigualdade, humanidade, compaixão.
Como conectar com a redação: ótimo repertório para temas sobre intolerância religiosa, exclusão social e ética humanitária. Sophia amplia a noção de “cristianismo” para um campo ético universal uma reflexão potente sobre empatia e solidariedade.
Gênero textual: poesia narrativa, excelente para treinar interpretação simbólica e argumentação com base em valores universais.
6- As Meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
Um dos grandes clássicos da literatura brasileira contemporânea, As Meninas retrata o período da ditadura militar, mostrando três jovens mulheres em busca de liberdade e identidade. Lygia Fagundes Telles constrói um retrato psicológico e político do Brasil dos anos 1970.
Temas principais: repressão política, juventude, liberdade, identidade.
Como conectar com a redação: use em temas sobre democracia, resistência, liberdade de expressão e papel da juventude nas transformações sociais. Lygia mostra que amadurecer é também resistir, o que é uma ideia poderosa para temas de cidadania e empoderamento.
Gênero textual: romance psicológico, trabalha narrativas cruzadas e introspecção, úteis para repertório crítico e reflexivo.
7- Balada de Amor ao Vento (1990) – Paulina Chiziane
Primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, Paulina Chiziane traz uma escrita visceral sobre poligamia, patriarcado e desigualdade de gênero. A obra expõe as feridas da colonização e as tensões entre tradição e liberdade.
Temas principais: machismo, colonialismo, identidade, amor e poder.
Como conectar com a redação: ideal para temas sobre violência de gênero, choque cultural, heranças coloniais e autonomia feminina. Paulina dá voz a mulheres silenciadas, um exemplo poderoso de resistência e reconstrução identitária.
Gênero textual: romance social, amplia a visão multicultural e o olhar crítico para temas contemporâneos.
8- Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
Em sua prosa poética, Conceição Evaristo mergulha na realidade das mulheres negras brasileiras, denunciando racismo, desigualdade e afetividade como força de resistência.
Temas principais: racismo estrutural, memória, ancestralidade, amor como cura.
Como conectar com a redação: use para temas sobre inclusão social, identidade negra e reparação histórica. Conceição ensina que narrar é um ato político, perfeito para conectar literatura e transformação social.
Gênero textual: contos poéticos, ótima fonte de repertório sobre narrativa curta e crítica social.
9- A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
A escritora angolana Djaimilia Pereira de Almeida traz um olhar original sobre culpa, humanidade e natureza. A obra revisita a história colonial a partir de uma perspectiva simbólica e ecológica.
Temas principais: colonização, ecologia, memória, redenção.
Como conectar com a redação: excelente repertório para temas sobre meio ambiente, heranças coloniais e responsabilidade ética. Djaimilia une memória histórica e ecologia, uma combinação potente para quem busca repertórios criativos e atuais.
Gênero textual: narrativa simbólica, exercita a leitura interpretativa e o olhar analítico, essencial na Fuvest.
Literatura como repertório e consciência
A Fuvest não quer apenas leitores: quer pensadores.
Por isso, ao estudar cada obra, pergunte-se:
- Que tensões sociais e éticas essa história revela?
- Que voz a autora quis destacar? O que isso diz sobre o Brasil ou o mundo na época em que os textos foram escritos e agora?
- Que tipos de texto aparecem na prova e como posso adaptar essa linguagem para a minha redação?
Dominar os gêneros textuais da prova, especialmente o dissertativo-argumentativo, os textos opinativos e os fragmentos literários, é o que vai te permitir unir leitura e escrita com estratégia. Quando você faz isso, seu texto ganha densidade, repertório e personalidade, exatamente o que a Fuvest valoriza.
A lista de obras obrigatórias da Fuvest 2026 é um convite para enxergar o mundo pelas vozes femininas. Essas autoras falam de poder, resistência, dor e liberdade. Ler suas obras é compreender o passado e, simultaneamente, fortalecer a leitura crítica do presente, algo que a Fuvest valoriza em todas as etapas, especialmente na redação.
Se você quer aprender como transformar essas leituras em repertório de alto impacto e aprimorar sua escrita com orientação profissional, explore os cursos e materiais da Tudo de Texto, com a professora Cris Oliveira.
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